ILUSÃO

Lá vou eu novamente

E meu coração sonhador.

Que vê naqueles olhos

O mais terno amor.

Queria eu não tê-los

Em meus pensamentos.

Grito aos céus

Por socorro.



Lá vou eu novamente.

E meus lábios

Sussurram o seu nome.

Minhas mãos desenham o seu rosto.

Estou confusa,

Incapaz de formular uma resposta.

Grito aos céus:

Levem-me ao seu encontro!

Sinto-me em pedaços por dentro.

Uma lágrima...

Deixo rolar...

Iludo-me de que com isso

O que sinto vai passar.

Grito aos céus!

Estou gritando nesse instando:

Tire de dentro de mim eu suplico!

Por que não me atendes?



E lá vou eu novamente

Ainda estou a te esperar

Como a lua pelo escurecer.

Desisto de lutar!

Inútil é tentar desfazer

O que já faz parte de mim.

Terapia do Sim

A nossa vida é feita de escolhas. Somos os maiores responsáveis por nossa felicidade e realização. Já parou para pensar quantas vezes negamos e deixamos de aproveitar coisas maravilhosas que a vida nos oferece? Desperdiçamos momentos maravilhosos que não voltaram.

Comece então a terapia do sim! Diga sim aos seus amigos, diga sim a ter dias perfeitos, diga sim eu posso ser feliz, diga sim eu amo minha família, diga sim eu posso superar isso, diga sim todas as coisas são possíveis com trabalho e dedicação, diga sim eu posso receber amor sincero, diga sim eu te perdoou, diga sim eu vou recomeçar mais uma vez, diga sim vão reconhecer os meus esforços, mas acima de tudo resolva dizer sim para VIDA e para o Criador da Vida.

Medo

Olhei dentro dos seus olhos

E senti grande medo

A simples idéia de não poder mais vê-los

Faz doer minha alma

O amor que por ti sinto

É um universo inteiro

Fico aqui pedindo a Deus

Que te deixe comigo

Não queria estar tão assustada

Mas acho que isso é inevitável

Então, olho para os céus

E peço forças

Fico repetindo dentro de mim

Todas as situações vividas

E com veemência

Digo: Deus não a tire de mim

Caminhada

Nós saíamos todas as tardes depois do trabalho, colocávamos as roupas para correr, calçávamos um par de ténis surrado, fazíamos uma sessão de alongamentos e partíamos para nossa caminhada na beira do rio. Aquele era um momento mágico; como se nossas forças fossem renovadas.

Uma grande mistura de sons e imagens se fundia dando uma beleza singular. Tenho para mim que somente nós contemplávamos tal beleza. Pois, mesmo um rio poluído tornava-se admirável.

Gostávamos de olhar o sol se pondo e o seu reflexo deixado nas águas; as árvores com suas flores e folhas jogadas pelo vento...

Aquele era o nosso momento, falávamos da nossa vida, da vida dos outros, de política, família, faculdade, amigos, amores, tristezas, alegrias, enfim sobre tudo. Sinceramente acho que mais falávamos do que qualquer outra coisa. E quando a lua surgia? Nossa! A satisfação era tanta que sempre terminávamos cantarolando: "além do horizonte existe um lugar, bonito e tranquilo pra gente se amar..." essa era nossa canção preferida. Até mesmo em baixo de chuva a cantamos e o que para muitos foi motivo de aborrecimentos, para nós virou o cenário ideal para uma bela dança e caminhada.

O tempo passou e conseguimos melhorar nosso condicionamento físico, mas acima de tudo nos tornamos melhores por dentro. A cada caminhada, um novo aprendizado, uma nova cura e um corpo mais saudável.

Por esses e outros motivos que sempre levarei na memória cada um desses dias.

AFF.....

Eu sempre me senti muito segura, determinada e definida sobre tudo em minha vida. Sempre defendi o que eu queria e o que eu não aprovava não considerando o que os outros me falavam. Desde criança acho que era assim, meus pais sempre acreditaram que eu podia "me virar sozinha". Até hoje as pessoas olham para mim e dizem que sou centrada e segura, acreditam que o medo não me assombra tanto; pois eu sempre levo nos olhos e nas palavras um ar de segurança, procuro mostrar aos outros que não estou assustada, quando na verdade estou com muito medo.

Agora que sai da faculdade meu medo e insegurança são maiores ainda. Eu fico olhando a minha volta, olho para onde eu quero chegar e me pergunto: Meu Deus será que eu consigo? Às vezes me sinto paralisada, posto que a vida segue e eu estou aqui, tentando me levantar e caminhar. Sinto-me perdida em meio a cursos que sei que preciso fazer, falta de emprego, falta de grana, falta de um monte de coisas. E ainda para melhorar as coisas eu tive a brilhante idéia de voltar a morar com meus pais...aff! Meus amigos me falaram que eu estava sendo precipitada e tal, mas eu sou teimosa e nem eu mesma compreendo por que eu insisti que o certo era eu voltar a morar com eles. Em resumo, estou em uma cidade nova, sem trabalho, sem amigos, com pouco dinheiro, sem independência e sem saber exatamente o que devo fazer. É tudo tão estranho e confuso. Além disso, percebo que a opnião das pessoas sobre mim tem um peso grande, principalmente quando se trata da minha família. Tem dias que a minha vontade é de sair gritando ou chorar, mas sei que isso não resolveria.

Querem saber o que eu vou fazer? Vou pular de um prédio de 10 andares!!!! Brincadeirinha gente. Vou fazer isso não! Pois não solucionaria também, ia sentir uma dor terrível e do jeito que estou com sorte ia acabar sobrevivendo à queda. O que de fato farei é colocar minha cabeça em ordem, definir meus objetivos e lutar para torná-los reais! Afinal, sou brasileira e não desisto nunca!!!

E como disse Henry Ford: "O insucesso é apenas uma oportunidade para começar de novo com mais inteligência".

O Motivo

Poderia falar hoje de várias coisas, contar fatos engraçados, tristes, alegres, loucos, fora do comum, rotineiros, chatos, melancólicos ou deixar apenas as palavras de um outro autor, mas prefiro explicar o meu motivo de escrever aqui.

Uma necessidade enorme grita dentro de mim, ela diz: você precisa dizer o que sente, o que pensa e como vê esse mundo!!! Quero satisfazer a tudo isso, colocar para fora um pouco do que sinto. É como se por meio pudesse me libertar. Com olhar mais profundo, percebo que é amor, posto que desenhar a alma humana por meio das palavras é uma arte.

Espero que você possa aproveitar cada palavra aqui deixada por mim.

Um grande abraço a todos.

Débora Fonseca